O PAÍS MOBILIZOU-SE PARA COMBATER A PANDEMIA DE COVID-19 E O ISQ NÃO FOI EXCEÇÃO. OFERECENDO SERVIÇOS FUNDAMENTAIS PARA O FUNCIONAMENTO DO PAÍS, ORGANIZOU-SE INTERNAMENTE PARA CONTINUAR A ASSEGURAR AS SUAS IMPRESCINDÍVEIS FUNÇÕES. ALÉM DISSO, MOBILIZOU-SE PARA CRIAR SERVIÇOS CAPAZES DE RESPONDER ÀS NECESSIDADES URGENTES, NOMEADAMENTE NA ÁREA DA SAÚDE.
Quando no dia 2 de março de 2020, a Ministra da Saúde anunciou os dois primeiros casos de COVID-19 registados em Portugal, estávamos muito longe de imaginar que as nossas vidas iriam sofrer um impacto brutal, a vários níveis.
Nos dias que se seguiram, as medidas governamentais foram sendo tomadas e publicadas em catadupa, com adiamentos e cancelamentos de iniciativas diversas, encerramento das escolas, incluindo as universidades, e condicionamentos nos acessos a diversos serviços públicos e hospitais.
No dia 18 de março, o Presidente da República decretou o estado de emergência por 15 dias, que contemplava o confinamento obrigatório e as restrições à circulação na via pública. Já no dia seguinte, o Conselho de Ministros decidia que os estabelecimentos com atendimento ao público deveriam encerrar e o teletrabalho ser generalizado.
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Atento ao evoluir da situação, o ISQ adotou de imediato duas abordagens claras e complementares. Por um lado, assumiu orgulhosamente a sua condição de empresa estratégica para a continuidade do normal funcionamento do país, através das suas atividades de suporte. Como tal, importava criar as condições de segurança e sanitárias para todos os colaboradores que iriam assegurar essa função. Por outro lado, associou-se às medidas mais generalistas determinadas pelo Governo, privilegiando o teletrabalho e criando condições necessárias para essa nova abordagem, através da aquisição de equipamentos de proteção individual (EPI), criação de um grupo de trabalho focado na temática COVID-19 e desfasamento de horários nas suas unidades laboratoriais.
antes da existência de normas de ensaio específicas, o ISQ, enquanto centro tecnológico de excelência, desenvolveu metodologias para ensaiar as máscaras comunitárias, acessório indispensável no esforço de diminuição da taxa de infeção pela covid-19.
O desconhecimento relativamente ao vírus, à forma de contágio e à sua virulência levaram a que a incerteza e a ansiedade passasem a fazer parte do quotidiano da população.
A desinformação que existia relativamente à utilização de máscaras ocupava boa parte das discussões sobre a disseminação do vírus, tendo a 13 de abril a DGS emitido informação sobre os requisitos a cumprir para as máscaras comunitárias.
No seguimento desta informação, o ISQ, como Centro Tecnológico de excelência, desenvolveu metodologias para ensaiar as famosas máscaras comunitárias, acessório indispensável no esforço de diminuição da taxa de infeção provocada por este novo vírus respiratório. Naquela data, ainda não existiam normas de ensaio específicas para este tipo de máscaras, tendo o ISQ adotado os ensaios que eram aplicados a máscaras cirúrgicas (dispositivos médicos) e a máscaras utilizadas como equipamentos de proteção individual, as reconhecidas FFP2. E, neste ponto, recorde-se que apenas a 15 de maio de 2020 o Governo deliberou no sentido do uso obrigatório da máscara.
Após um esforço conjunto de vários laboratórios e de entidades de normalização europeias, no dia 17 de junho, foi publicado no site da CENELEC (Comité Europeu de Normalização Eletrotécnica) um guia denominado CWA 17553:2020 – Community Face Coverings.
Este documento normativo passou a especificar os requisitos mínimos a nível europeu para máscaras sociais, reutilizáveis ou descartáveis, nos quais se destacam os seguintes pontos:
No seguimento desta publicação, o ISQ participou na Comissão Técnica coordenada pelo IPQ, que terminou com a publicação da nova orientação denominada DNP TS 4575:2020 – Máscaras para uso social – Requisitos para a certificação.
Este documento é uma ferramenta fundamental para os fabricantes que queiram certificar o seu produto – máscaras para uso social – com base nos requisitos europeus indicados no CWA 17553 em Portugal. Para o efeito, devem assim recorrer a entidades acreditadas.
A emissão de um certificado de avaliação da conformidade por terceira parte dará a possibilidade ao fabricante de utilizar uma marca nacional, que irá conferir mais credibilidade, confiança e segurança a quem compra e também na colocação do produto no mercado nacional e nos mercados de exportação.
Este desafio culminou com a Direção de Laboratórios do ISQ em 2020 a ser uma das primeiras entidades acreditadas pelo IPAC para a realização dos ensaios de avaliação de conformidade, nomeadamente ensaios de Capacidade de Filtração e ensaios de Respirabilidade, segundo a nova CWA 17553.
Além de ensaiar centenas de máscaras comunitárias e de avaliar a sua conformidade, o ISQ apoiou o CERN – European Organization for Nuclear Research no desenvolvimento de um protótipo de tecido e máscara reutilizável, através da realização de vários ensaios.
O ISQ desenvolveu um método para ensaio a máscaras comunitárias, tendo sido o segundo laboratório nacional a obter a acreditação.
» A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, em 11 de março de 2020, a COVID-19 como pandemia. O anúncio foi feito pelo chefe da agência, Tedros Ghebreyesus, em Genebra, após a infeção ter chegado a 114 países. Pouco mais de um mês depois, a Direção-Geral da Saúde em Portugal emitiu a informação n.º 009/2020 relativa a “COVID-19: FASE DE MITIGAÇÃO – Uso de Máscaras na Comunidade”. Esta informação permitiu categorizar as máscaras por tipo de utilizador, em nível 1, 2 e 3, e para cada nível definir o tipo de máscara, a qualificação regulamentar e as especificações técnicas a cumprir.
As máscaras comunitárias ou para uso social ficaram enquadradas nos níveis 2 e 3 com qualificação de artigo têxtil, sendo necessário cumprir os requisitos especificados no referido documento.
Neste âmbito, recorrendo às metodologias e aos recursos já implementados, o ISQ desenvolveu um método para ensaio a máscaras comunitárias. Assim, em 2020, realizou centenas de ensaios, atestando a conformidade e colocação no mercado destes produtos com segurança e confiança para o utilizador final. Foi ainda o segundo laboratório nacional a obter a acreditação, de acordo com a ISO/IEC 17025, para ensaio a máscaras sociais.
Quando no final de maio, o Governo finalmente anunciou o desconfinamento e o regresso ao então denominado novo normal, já o ISQ tinha trabalhado afincadamente na criação, desenvolvimento e lançamento no mercado do serviço COVID OUT.
Tratou-se de uma abordagem pioneira, a nível nacional, assente na definição de protocolos e metodologias associadas à identificação, análise, avaliação e ao tratamento do risco de transmissão do Novo Coronavírus SARS-CoV-2.
Efetivamente, o regresso da atividade económica começava a ganhar contornos mais nítidos, sendo determinante que a adequação à nova realidade pudesse ser feita com a maior segurança e confiança por parte de todos.
O COVID OUT propunha um conjunto de abordagens bem definidas, como a identificação de fatores de risco, a verificação da eficácia da desinfeção e a análise da adequabilidade dos produtos de desinfeção, facultando aos clientes um relatório com apresentação de resultados das amostragens e medidas de controlo de prevenção, proteção e mitigação.
Acessoriamente, era ainda elaborado um plano integrado de ações, no qual se definia um protocolo de desinfeção e higienização de espaços e superfícies para a eliminação do Novo Coronavírus SARS-CoV-2.
Por fim, a segurança dos locais era atestada pela emissão de um Selo de Confiança, que garantia a realização da avaliação de eficácia das medidas implementadas e assegurava que os locais eram seguros.
O COVID OUT, além de ter sido implementado em todo o ISQ, contribuindo dessa forma para um retorno seguro à atividade, foi ainda um sucesso junto de muitos clientes. Aqui, destacam-se os setores do ensino, dos serviços, da indústria, dos espetáculos e da diversão.
NA VACINA CONTRA A COVID-19, O ISQ FOI RESPONSÁVEL POR FAZER O ENSAIO E A AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE DAS ARCAS CONGELADORAS.
O COVID OUT, ALÉM DE TER SIDO IMPLEMENTADO EM TODO O ISQ, FOI AINDA UM SUCESSO JUNTO DE MUITOS CLIENTES, DESTACANDO-SE OS SETORES DO ENSINO, SERVIÇOS, INDÚSTRIA, ESPETÁCULOS E DIVERSÃO.
SABIA QUE?
O ISQ fez calibração dos sensores que monitorizam as temperaturas de conservação das arcas congeladoras e ensaios de avaliação de conformidade das arcas que conservam as vacinas COVID-19 da Pfizer e da Moderna, contribuindo assim para o sucesso do processo de vacinação.
Director of ITR at ISQ and Administrator of ISQ SA
Saúde e Life Sciences
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